quarta-feira, 26 de maio de 2010

OS SABORES DA BEIRA INTERIOR

Esta semana, o blog da Aldeia pensou em abrir-lhe o apetite ao divulgar os prazeres gastronómicos da região de Trancoso. Algumas destas iguarias vão estar ao seu alcance no duplo evento “Encontro de Bloggers / Lançamento do livro “Aldeias Históricas de Portugal – Guia Turístico”. No dia 10 de Junho, terá ao seu dispor duas degustações de produtos regionais (às 11h15 e às 17h30). Ora vejamos este fragmento do guia que nos faz um retrato dos deliciosos sabores trancosenses:


“(…) Trancoso não foge à regra no que diz respeito à sua gastronomia. Com receitas milenares ou conventuais, consegue enfeitiçar qualquer paladar mais caprichoso. Com a colher de pau na mão, vejamos o que esconde o nosso caldeirão: enguias à moda de S. Bartolomeu, fumeiro variado com morcela e chouriços, bola de carne e caldeirada de Cabrito. Que essência extraordinária! Três estalares de dedos, duas pitadas de perlimpimpim e a palavra mágica: Sobremesa! Eis que surgem na mesa as ilustres Sardinhas Doces (originárias do Convento Sta. Clara), uma Bola de Folhas, uma Bola de Ovos (folar), um Bolo de Castanhas e o Doce Lavagas de Sebadelhe da Serra. Será real ou alucinação? Só vai saber se der uma trinca! (…)”, em Aldeias Históricas de Portugal – Guia Turístico, Olho de Turista, 2010, pág. 77

Nas comemorações do dia de Camões, iremos apresentar todo o esplendor da gastronomia da Beira Interior. Além do referido almoço-convívio com um menu tradicional confeccionado pelo restaurante “Quinta da Cerca”, terá ainda a oportunidade de usufruir de vários produtos típicos. Da parte da manhã, poderá apreciar a apetitosa Sardinha Doce da loja "Avenida Regional" (de Trancoso) e os doces e compotas dos “Sabores da Geninha” (de Figueira de Castelo Rodrigo). De tarde, poderá saborear os enchidos, os fumeiros, os patés e as compotas da “Casa da Prisca” (de Trancoso). No dia de Portugal, seja então testemunha de um acontecimento histórico, cultural e gastronómico!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

NOSSO MUSEU DE JARAGUÁ DO SUL - Emilio Silva.


Sabemos o quanto os Museus tem uma importância muito grande para a Humanidade. É nele que são guardadas toda uma memoria de um povo. Com ele regatamos um pouco da história e fatos acontecidos em uma determinada época. O museu não serve só para guardar coisas antigas, como se dizem.. Mas sim a nossa História. Em Jaraguá do Sul-SC- Brasil, trabalhamos com salas temáticas. Onde são estudados temas recentes e antigos. Os que contam fatos de pessoas que lutaram, como exemplo na Segunda Guerra Mundial. Nesta sala os alunos do 9ºanos estudam e percebem a importância destes grandes homens para a sociedade Jaraguaense. Das conquistas e Vitorias e até mesmo as derrotas, que viveram naquela época. Outras salas são mostradas toda a trajetoria de Fundação de Jaraguá do Sul. Da sua Colonização, dos imigrantes que paracá vieram e contribuíram muito para a sua arquitetura. Além destas salas, também temos uma somente para atividades complementares, com vídeos e Materiais didáticos que possibilitam e oportunizam os alunos interagirem com o que está acontecendo no Museu. Bem, poderia estar aqui falando muito do que se prática por aqui. Mas sabemos que o o limite permitido para relatemos é somente de 25 linhas, sendo um dos critérios proposto pelas organizadoras.Mas quero terminar dizendo que o Museu é muito importante, porque regatamos um espaço de lazer e estudos. Não é para guardarmos coisas velhas. Ele é a nossa História de vida, dos legados dos nossos antepassados, que fizeram muito por nós. Vale a pena visitar o Museu mais perto de sua casa. Até mesmo de outras Cidades. Pois, nos trazem a construção histórica de uma cidade. Seus costumes, tradições e culturas. Uma história contada através de fatos, imagens, e memorias de um povo que muito fez pela sua Sociedade. Além do Museu de Jaraguá do Sul, também oportunizamos nossos alunos a conhecerem outros Museus próximos, como o de Joinville-( Museu da Bicicleta, os samba quis, do Imigrante- relatando a vinda de D. Pedro para cá, etc). O Museu de São Francisco do Sul( Museu Histórico e o Museu do Mar) simplesmente lindos. Contam a história dos Homens Pescadores e da sua Colonização- migração...

Eu particularmente, amo visitar os museus. Nosso Brasil tem Lindos Museus. Mas posso falar, daqueles que mais frequento. Até por estarmos trabalando com os alunos...

BOA VISITAS A TODOS. CURTEM OS MOMENTOS DA NOSSA HISTÓRIA.

Escrito por Sandra Andrade, do blog Interação de Amigos

Se gostou deste texto, vote nele de 28 a 31 de Maio. Aproveite e comente. Quem sabe, é seleccionado para Melhor Comentário!


sábado, 22 de maio de 2010

"FORA DE PORTAS..."

(Imagem de Cora Buttenbender)

À palavra museu associo, desde logo, o Museu de Arte Contemporânea de Serralves, na cidade do Porto. Mas se me lembrar de Londres vem-me à cabeça o Tate Modern. Se penso em Madrid associo ao Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia. Berlim ao Museu Judaico. Barcelona ao Museu Picasso. Bilbao ao Guggenheim. Florença à Galeria da Academia de Belas Artes. Lisboa ao Museu Berardo. Cascais à Casa Paula Rego. And so on, and so on!

Estes fantásticos museus são pontos obrigatórios quando se visita essas cidades. Antes de lá chegarmos já temos planeado que os vamos percorrer. Mas não é disso que quero falar. Esses museus falam por si só, são suficientemente conhecidos e referidos nos meios de comunicação social, que não precisam que me debruce sobre eles. O que quero aqui fazer é falar dos museus menos mediáticos, dos desconhecidos para a maioria dos cidadãos, e que descobrimos dada a sua proximidade ou, simplesmente, por mero acaso.

Aqui, na localidade onde resido, e dada a sua reduzida dimensão, posso afirmar que existe um lote de bastante significativo de museus: Casa de Camilo – Museu / Centro de Estudos, Casa Museu Soledade Malvar, Museu dos Caminhos de Ferro, Museu da Industria Têxtil da Bacia do Ave, Museu Bernardino Machado, Museu da Fundação Cupertino de Miranda, Museu da Guerra Colonial, Museu de Arte Sacra e Museu do Automóvel.

Aqui há uns anos atrás, dei por mim a pensar que conhecia museus localizados em cidades distantes e que não conhecia alguns dos que estavam à porta da minha casa. Verifiquei, e ainda verifico que, tal como eu outrora, muitos famalicenses nunca entraram em qualquer destes museus. Não os conhece e não está interessado em conhecer! Automaticamente tomei a decisão que os iria conhecer, e que o faria acompanhada pela minha filha, na altura bastante mais pequena. E lá fomos as duas à sua descoberta. Aqueles que não conhecia (a maioria) revelaram-se uma verdadeira surpresa. Foi um Verão divertido, eu e ela de porta em porta a desvendar aquilo que estava à nossa volta e que nos recusávamos a ver! A alguns deles voltei com os meus alunos. Também ela lá voltou com os seus professores!

Em saídas ocasionais, por esse país fora, também já fui sobressaltada com alguns pequenos museus. Lembro-me de um fim-de-semana, em família, pela zona de Melgaço e deter ficado atónita com o Museu de Cinema. De ir à festa das bruxas a Montalegre e de ser brindada pelo Museu de Barroso. De ficar boquiaberta com o Museu do Caramulo. De passar por Belmonte e dar de caras com o Museu do Azeite. (…)

Pequenos, grandes, próximos ou distantes, os Museu são sempre uma boa razão para sairmos do conforto da nossa casa.

Obs.: Para que por aqui passem e por aqui se deixem ficar por mais um tempito.

Escrito por CarpedieMaria

Se gostou deste texto, vote nele de 28 a 31 de Maio. Aproveite e comente. Quem sabe, é seleccionado para Melhor Comentário!

MY FAVOURITE MUSEUM

(Guggenheim Museum Bilbao)
Instantly hailed as the most important structure of its time, Frank Gehry’s Guggenheim Museum Bilbao recently celebrated a decade of extraordinary success on October 19, 2007. With close to ninety exhibitions and over ten million visitors to its credit, the Guggenheim Museum Bilbao forever changed the way the world thinks about museums, and it continues to challenge our assumptions about the connections between art, architecture, and collecting.


Escrito por Amie, do blog Art in Nature - Atelier Amie

Se gostou deste texto, vote nele de 28 a 31 de Maio. Aproveite e comente. Quem sabe, é seleccionado para Melhor Comentário!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

O CONVENTO DOS FRADES FRANCISCANOS E OS MISTÉRIOS DE TRANCOSO

Esta semana, como não podia deixar de ser, apresentamos-lhe o espaço do duplo evento de 10 de Junho: O Convento dos Frades Franciscanos. Todavia, a cidade de Trancoso é um local repleto de curiosidades e enigmas. Achamos que seria engraçado revelarmos alguns aqui no blog da Aldeia. Acompanhe-nos nesta descoberta dos mistérios trancosenses…


Igreja – Convento dos Frades Franciscanos (séc. XVI, Av. Campo da Feira): Fundado em 1569, era um pequeno convento de seis celas, onde os frades levavam uma vida simples, mas com normas rigorosas, difíceis de compreender aos olhos da comunidade civil e do clero secular. Tal chegou a ser motivo de desentendimentos, levando os freis a abandonarem em definitivo o local. Da sua arquitectura, destaca-se o portal de entrada, de influência renascentista, com colunas toscanas apoiadas por bases de um só toro. Ao lado, observa-se um calvário com três das 14 Cruzes distribuídas pela cidade (Via Sacra). Do convento, ainda resta a torre original e um anexo do séc. XVIII. Foi recentemente requalificado como Auditório Municipal, onde se efectuam as sessões da Assembleia Municipal, entre outras actividades culturais (como o evento Encontro de Bloggers/Lançamento do livro “Aldeias Históricas de Portugal – Guia Turístico”).

Sabia que…

…se pesquisar, existem à volta de 15 localidades com o nome de Trancoso, espalhadas pelo Mundo: Galiza, Brasil e até no México!

… no Canto VI d´Os Lusíadas, Luís Vaz de Camões narrou o episódio dos 12 de Inglaterra. É uma história verídica sobre honra e cavalheirismo, protagonizada por Álvaro Vasques Coutinho, alcunhado “o Magriço” e filho do alcaide de Trancoso.

… depois da grande Batalha de Trancoso (Batalha de S. Marcos), os prisioneiros de guerra foram alimentados a “pão e laranjas”. Para reviver este momento histórico, a 29 de Maio é tradição distribuir esses alimentos às crianças, no próprio planalto onde tudo aconteceu.

… Trancoso possui uma feira que anualmente atrai multidões? É a Feira Franca de S. Bartolomeu, uma das primeiras do País, cuja carta de feira serviu para instituir outros certames como os de Coimbra, Porto ou Viseu. Na Igreja de S. Bartolomeu (hoje capela) decorreram as cerimónias das bodas reais entre D. Dinis e D. Isabel de Aragão.

… nesta cidade, nasceu Gonçalo Anes Bandarra (1500-56): Sapateiro de profissão, era sobretudo conhecido pelas suas profecias. Condenado em vida pela Santa Sé, a concretização das suas profecias, tais como o Sebastianismo e a Restauração da Independência, valeu-lhe o reconhecimento da Casa Real, após a sua morte. Naturais de Trancoso, são também: Gonçalo Fernandes Trancoso (?- 1596), o primeiro grande contista português e Fernando Isaac Cardoso (1615-1683), famoso médico judeu-converso, filósofo, cientista e escritor.

Por último, a curiosidade mais engraçada: o Padre Costa de Trancoso teve 299 filhos de 53 mulheres. D. João II perdoou a pesada pena a qual tinha sido condenado.

O PELOURINHO DE SALVATERRA DO EXTREMO:


Como a minha vila não possui um Museu, porque toda ela é um Museu aberto ao ar livre, onde cada pedra da calçada, de um muro ou monumento conta uma História longínqua, vou falar do monumento que melhor caracteriza qualquer vila, ou seja: o seu pelourinho. No Dicionário da História de Portugal temos o significado de pelourinho: “coluna de pedra colocada em lugar público, de cidade ou vila, e na qual os municípios exerciam a sua justiça. Era o distintivo da jurisdição de um concelho e da sua autonomia judicial (...) Eram edificados na praça pública. Os delinquentes eram amarrados à coluna ou suspensos por baixo dos braços às argolas, ficando alguns palmos acima do solo, sendo posteriormente açoitados ou mutilados.” E perante isto, dou comigo a pensar: esta coluna de pedra silenciosa, afinal se pudesse falar, muito teria que contar…

Situado na Praça da vila, defronte do antigo edifício da Câmara e Torre do Relógio, este pelourinho, que tem resistido à passagem do tempo, data do século XVI, por altura do reinado de D. Manuel I, por altura dos Descobrimentos marítimos… Não é por ser da minha vila, mas é dos mais bonitos de Portugal e com tanto significado nele inscrito... Segundo a Monografia de Salvaterra do Extremo: “ apresenta a configuração de um septro formado por uma coluna de pedra oitavada da altura de 3 metros, bem trabalhada, a qual finge atravessar nessa altura, um anel de pedra que sobre ela assenta e termina gradualmente oitavado em espiral, formando um facho com balas onde ainda em cada uma das 8 estrias, semelhantes a metralha, que sai da boca de um canhão. À semelhança do ceptro de El-rei D. Manuel I, o anel apresenta na nascente um escudo com esfera armilar nela esculpida; ao poente, outro escudo com a Comenda da Ordem de Cristo; ao norte outro escudo com a Cruz da Comenda da Ordem de Aviz; e ao sul ainda outro escudo com as quinas portuguesas. Tanto na parte superior como na inferior do anel, vão 2 cordões em roda com a flor de liz e barcos de canhão e ao centro, a entrelaçar os escudos, um cabo de navio, tudo lavrado em relevo na pedra. A esfera e o facho – representam Ciência e Progresso; As balas e bocas de canhão – o Exército; O cabo do navio – a Marinha; As quinas – o Rei; A cruz de Cristo – o Clero e a cruz de Aviz – o povo, como cavaleiro que foi nos seus tempos primitivos.

Encerra, pois, o pelourinho de Salvaterra um alto conceito, próprio para um povo da raia, fronteiro a Espanha, o qual pode dizer de cabeça levantada que aquela pedra diz Ciência e Progresso, Exército e Marinha, rei, clero e povo que, unidos lutaram sempre pela independência de Portugal, com honra e glória imortais…”

Por isso meus amigos, comecem a observar com mais atenção os extraordinários pelourinhos por este país espalhados, pois tocar a sua coluna, é tocar pedaços de História, para sempre na pedra, gravados...

Escrito por Cristina R. do blog Uma aldeia perdida por entre montes

Se gostou deste texto, vote nele de 28 a 31 de Maio. Aproveite e comente. Quem sabe, é seleccionado para Melhor Comentário!

CASA DA RODA DE CARIA


A Casa da Roda, em Caria, fica situada num local discreto, junto à Rua do Reduto, foi recuperada e musealizada em 2009 e ali se pode reviver o passado e reflectir sobre o presente. Foi edificada em 1784, data que está gravada na pedra por cima da roda, para dar cumprimento a uma Lei de Pina Manique (reinado de D. Maria I), de 30 de Maio de 1783, que exigia a criação de Casas da Roda em todas as vilas e sedes de concelho. O estado terá tomado esta medida porque o aumento da população era bem visto, para combater o infanticídio, uma prática que era então frequente, e também para reduzir a falta de assistência aos abandonados.

Eram casas destinadas a acolher órfãos, crianças recém-nascidas “não desejadas” ou bastardas, cujos pais não pudessem assumir os seus cuidados. As rodas eram uma instituição municipal já que todo o país estava “controlado” por municípios e eram os municípios que sustentavam as Casas da Roda. As Rodas tinham aberturas para o exterior para que o exposto pudesse respirar. Por vezes a Roda tinha duas “prateleiras”, na parte inferior era depositada a criança e na parte superior o enxoval da criança, quando este existia ou outros objectos, nomeadamente cartas, lenços, medalhas para permitir a sua posterior identificação e recuperação, embora se saiba que isso raramente acontecia. A assistência consistia na recolha e criação do exposto, até aos seus 7 anos, e numa segunda fase na sua integração social pelo trabalho dos 8 anos até à maturidade.

O anonimato era muito importante e cultivado até à exaustão e por isso existia uma sineta que alertava a Rodeira, que estaria presente dia e noite, e que girava a Roda recolhendo a criança. Era depois efectuada, pelo escrivão da câmara, uma matrícula muito pormenorizada, que era inscrita no chamado Livro dos Expostos, guardava-se e registava-se tudo o que as crianças traziam quando eram deixadas na Roda.

Na Casa da Roda ou nas suas casas próprias viviam as amas de leite, que amamentavam as crianças. Mais tarde as crianças ficavam à guarda das chamadas amas-secas para quem trabalhavam ou eram entregues como criados a quem pagasse mais. A partir dos finais dos anos 50, do século XIX, a contestação às Rodas levou à sua extinção.

Escrito por Graça Ribeiro, do blog Passado de Pedra

Se gostou deste texto, vote nele de 28 a 31 de Maio. Aproveite e comente. Quem sabe, é seleccionado para Melhor Comentário!

terça-feira, 18 de maio de 2010

IDA AO MUSEU


Já visitei bastantes museus. Escolher um é difícil pelo que me decidi pelo último.

Tratou-se de uma visita à cidade de Elvas, que se iniciou fora da cerca medieval, junto à Fonte da Misericórdia. A Praça da República é local de passagem obrigatório pela sua beleza e marcas históricas que aí se podem observar, nela se localizando a antiga Sé, templo do século XVI, mas com intervenções posteriores. Imprescindível é passar pela Igreja do Convento das Domínicas, nas traseiras da Sé, pequeno templo de planta octogonal totalmente revestido de azulejos do século XVII. Sempre subindo a colina, chegámos ao castelo, de origem islâmica, de onde se desfruta de uma paisagem a perder de vista. Percorremos as ruas próximas, estreitas e curvilíneas, características dos períodos muçulmano e medieval. A Igreja da Ordem Terceira de S. Francisco transportou-nos para o período barroco, com exuberante talha dourada e azulejos do século XVIII. Entretanto, nas íngremes ruas, fomos passando por locais ligados à função militar da cidade. Referência especial para o Cemitério dos Ingleses e os Quartéis da Corujeira (em avançado estado de degradação). Depois a entrada na Igreja de S. Domingos, com o que resta da sua origem gótica e as modificações posteriores.

Por fim, o Museu Militar, instalado no antigo Convento de S. Domingos e Quartéis do Casarão. É impressionante o acervo que se encontra quer na parada, quer no interior do edifício, cuja arquitectura é, por si só, objecto de admiração.

Curiosamente, apesar de breve, a descrição de uma pequena parte da cidade ocupou mais espaço que a do museu propriamente dito. Mas não será a cidade um museu vivo?

Escrito por Júlia Galego, do blog Gambozino Alentejano

Se gostou deste texto, vote nele de 28 a 31 de Maio. Aproveite e comente. Quem sabe, é seleccionado para Melhor Comentário!




O MUSEU

O topo no espaço do pensamento poético discutido no plano da visão.

Em 1536 no Golfo de Bengala, o pirata Singh saqueava e afundava navios, o único sobrevivente desses ataques pirata sobrevive, encontrando na sua errância de naufrago as costas da Índia.

Na selva depois de ter visto seu pai ser assassinado pelo pirata, o sobrevivente faz um juramento sobre uma caveira, devotando a sua vida ao combate a pirataria a e barbaridade pela cobiça.

Transformando-se no primeiro Fantasma, as gerações subseqüentes perpetuam o juramento dando continuidade a saga, em defesa da justiça, fazendo sempre o juramento e recebendo os paramentos do Fantasma, o uniforme roxo.

Essa estória com argumento de Lee Falk e desenho de Ray Moore em 1936, cria a personagem de História em quadrinhos: O Fantasma – o Espírito que anda.

No surgimento da lenda do Fantasma, esse misterioso herói defensor da moral, imbatível no combate ao crime com sua capacidade de investigação, vai protegendo tesouros em sua Caverna da Caveira.

Nessa caverna protegida por uma tribo de ferozes pigmeus no coração da selva de Bengala e de dificílimo acesso, está resguardada a verdadeira história de todos os antepassados de seus pais, e todos 20 Fantasmas antecessores.

Na Caverna da Caveira, há uma imensa biblioteca onde ficam guardadas as Crônicas de toda a Dinastia de Espíritos-Que-Anda, temos também as salas dos Tesouros Menores e dos Tesouros Maiores.

Os Tesouros Menores consistem "apenas" de ouro, prata, pedras preciosas, pérolas raríssimas... Um verdadeiro "resgate de rei", amealhado ao longo dos séculos - tais preciosidades eram presentes ofertados ao Fantasma por reis e imperadores em sinal de gratidão.

Os Tesouros Maiores num amplo salão da Caverna da Caveira, à guiza de museu, ficam guardadas da cobiça humana, dos desastres naturais, da guerra e do fogo as mais preciosas relíquias da História: a espada Excalibur; pedaços da madeira da Arca de Noé; a taça de diamante de Alexandre, O Grande; a lira de Nero; a àspide que matou Cleópatra; os pergaminhos com a versão original da Odisséia, escrita pelo próprio Homero; e muitas outras peças.

Escrito por Fernando Zanforlin, do blog Quintal de Estudos da land art – Q.E.L.A.

Se gostou deste texto, vote nele de 28 a 31 de Maio. Aproveite e comente. Quem sabe, é seleccionado para Melhor Comentário!

domingo, 16 de maio de 2010

VISITA AO MUSEU DO BRINQUEDO


O Museu do Brinquedo está situado em Sintra, tem uma bela colecção internacional de brinquedos. A colecção foi crescendo, e conta actualmente, com cerca de 20 mil peças. Os brinquedos variam desde modelos de aviões, carros e comboios, incluindo conjuntos Hornby de 1930, a batalhões de soldados de brincar, bonecas e casas de boneca, brinquedos de folha e curiosos carros e soldados de corda, mas também há lugar para os brinquedos da última geração, como é o caso dos que estão relacionados com o filme Guerra das Estrelas.

Lembro-me dos poucos brinquedos que tive na minha infância, bonecas de trapos feitas por mim, de plástico, fazendo eu os vestidos, de um alguidar velho fazia a cama para as minhas bonecas e pouco mais.
Para mim os brinquedos ajudaram a crescer e a perceber o mundo, tornando-se essencial a sua ligação à História da Humanidade. Eles falam sempre de uma pessoa, de uma vida, de uma época. A intimidade, as modas, as guerras, as ideias, a política, a economia ligam-se eternamente ao que cada brinquedo traz dentro de si. Como se brincava e como se brinca? Como era o menino ou a menina que se encantou com aquele boneco ou soldado? O que se imitava ou se pretendia influenciar? A guerra ou a paz? Questões que neste Museu se partilha com todos os que o visitam, enriquecendo os seus conhecimentos.

Às vezes pensamos que levar os nossos filhos pequenos a um museu é quase uma loucura que será uma visita difícil tanto para ele como para nós. Não precisa de ser assim. Em primeiro lugar, se queremos começar a introduzir os nossos filhos no mundo dos museus, não deveremos agir como se eles fossem adultos. Trata-se de despertar o interesse da criança, não de incomodá-lo, devemos deixá-los ver e explorar, sem pressa cada peça. Assim, eu e o meu marido decidimos que o primeiro museu a visitar com as nossas filhas, fosse o Museu do Brinquedo em Sintra.

Neste dia estava patente uma exposição de bonecas a Bárbie. Aproveitamos esta exposição para que o primeiro impacto com o museu fosse uma recordação maravilhosa e neste contexto poder explicar -lhes o que era um museu. Aproveitámos para mais uma vez explicar as nossas filhas que nem todos os meninos tinham direito ao brinquedo, que nem sempre ouve bonecas como elas tinham e têm, uma vez que neste museu se encontram brinquedos fabricados deste os tempos mais remotos, como, por exemplo as bonecas de trapos e carros de madeira como a que nós tivemos na infância. Deve-se ir passo a passo, apresentando a actividade cultural como um espaço lúdico no qual a imaginação da criança e a vontade de participar tenha grande importância. Visitar museus ou monumentos faz parte dos nossos passeios em família.

Aproveito para informar que está patente no Museu do Brinquedo de Sintra uma nova exposição até 25 de Maio, intitulada "Brinquedos Artesanais e Pintura de Pedro Afonso". Além de outras exposições ao longo do ano.

Escrito por Eugénia Santa Cruz, do blog Cortecega - Notícias da Minha Terra
 
Se gostou deste texto, vote nele de 28 a 31 de Maio. Aproveite e comente. Quem sabe, é seleccionado para Melhor Comentário!

O QUE É UM MUSEU


O museu é uma entidade de criação onde se preserva a memória de um povo, de uma cidade de uma pessoa, enfim é o lugar de histórias interessantes que nos faz viajar pelo tempo. Mas apesar de contar o passado que já aconteceu, o Museu é o lugar ideal para meditar-mos sobre o presente e reflectirmos sobre o nosso tempo.
Quando visitamos um museu podemos pensar, por exemplo, na transformação, evolução dos objectos. Por exemplo imaginem como o processo da escrita se foi modificando ao longo da evolução da história, desde a invenção do papel até a criação do computador. Pensem também como vivemos hoje? e como viviam os nossos antepassados? Já pensaram como seria recebermos hoje a visita de um ser da pré-história. Com certeza ele ira estranhar, os enormes prédios existentes pela cidade, as pontes os túneis, enfim todas as grandes obras da actualidade, seria um enorme choque para um ser que viveu num passado pré-histórico encontrar-se com actualidade.

Em todo o mundo existem museus com diferentes nomes, que podem variar conforme o tipo de material que apresentam. Assim, temos os museus históricos, os museus de ciência, os museus de arte, as cidades museus, assim como os ecomuseus, e como o museu não deixa de acompanhar as mudanças dos tempos, temos também os museus virtuais.

O museu é uma instituição permanente, sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que pode promover pesquisas relativas aos testemunhos materiais do homem e do seu ambiente, conserva-os, comunica-os, e expõe-nos para estudo, educação e prazer. O museu é um espaço onde todos podem ir, que recolhe, estuda e conserva os objectos que depois são apresentados em exposição. O trabalho desenvolvido pelos museus, permite a criação de uma identidade cultural, assumindo o património um significado especial. Os objectos contam-nos histórias, revelam-nos o nosso passado, a nossa identidade.
A visita a um museu traz-nos sempre mais conhecimentos, onde podemos descobrir sempre coisas novas, pois o museu é um lugar de descobertas.

Escrito por Acácio Moreira, do blog A minha aldeia - Carvalhal do Sapo
 
Se gostou deste texto, vote nele de 28 a 31 de Maio. Aproveite e comente. Quem sabe, é seleccionado para Melhor Comentário!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

MUSEUS? NEM SEMPRE…

(Cabo da Roca - Farol)

Confesso que não sou muito “chegado” a museus. Não porque não goste de ver o que neles se expõe, tanto mais que é a hipótese (quase única) de ver obras e peças que de outro modo jamais teria possibilidades de apreciar. Não é nada disso. Uns há que têm vindo a melhorar exibindo algum dinamismo, mas outros lembram-me velórios onde quadros e estátuas parecem definhar num ambiente às vezes sombrio e cheirando a mofo. E também porque tal como o conto, por mais dourada que seja, gaiola é sempre gaiola...

Porque nasci junto ao mar e me acostumei a “ter praias ao pé da porta” prefiro naturalmente locais exteriores, abertos, solarengos …!
Lugares onde a linha do horizonte “esteja lá longe”, deixando por isso abundante espaço por onde passear a vista.
Não admira, pois, que na falta de uma fotografia (um dos requisitos) do promontório de Sagres, escolha o cabo da Roca que visitei (mais uma vez) neste último fim-de-semana.

Em qualquer época do ano é um dos lugares mais agrestes e ao mesmo tempo mais belo e espectacular de Portugal.

Tanto nos dias de sol e calor, sem vento, como nos dias em que o vento sopra, às vezes com violência, mas também nos sombrios dias chuvosos quando até parece que as nuvens estão (mesmo) sobre as nossas cabeças, o vento rugindo parecendo querer levar-nos com ele.

Tudo isto pode ser representado num quadro; eu sei que pode!
Mas, por mais perfeito que esse quadro seja, não se pode sentir.

(Não sei como explicar porque é que é no Outono/Inverno que mais aprecio estes lugares, inóspitos! Precisamente quando mais ninguém (?) os visita).

Escrito por José da Luz, do blog Bagos de Milho 

Se gostou deste texto, vote nele de 28 a 31 de Maio. Aproveite e comente. Quem sabe, é seleccionado para Melhor Comentário!

TENHO UM "AMIGO", CHAMADO MUSEU...!

Tenho um “amigo”, chamado Museu…!

Eu sou assim, parece-me ter alguma facilidade em fazer amigos!
Travei conhecimento com ele, por intermédio do meu irmão, teria eu uns 8 ou 9 anos e ele pouco mais de 60. A partir de então e durante a minha adolescência fomos cimentando a nossa amizade e essa foi tal que ficou para a vida!
Ele abria-me o seu “coração” e eu retribuía-lhe, visitando-o.
Por razões de proximidade, de residência, era um “amigo” privilegiado dos passeios domingueiros, até por ser paredes meias com o “Jardim 9 de Abril”, vulgo “Jardim da Rocha do Conde d’Óbidos”, varanda sobre o Tejo, onde rapazes e meninas, imberbes e não só, aproveitavam para pôr em dia os seus devaneios. Que não haja maus entendimentos! Os tempos eram outros! Eu, claro, não fugia à regra!!!
E, das vezes sem conta que o visitei, é desse tempo que retenho as primeiras emoções de rapazinho temente a Deus, perante “As tentações de Santo Antão”, de Jheronymus Bosch (do qual, anos mais tarde, por puro acaso, viria a conhecer a casa onde viveu, em s’Hertogenbosch, capital da Brabantia do Norte, Holanda) que me deixaram verdadeiramente intrigado e temeroso, assim como o quadro “Inferno” de autor desconhecido. Outras pinturas retinham a minha atenção, tais como: “São Jerónimo”, de Albrecht Durer; “O Martírio de São Sebastião”; “Retrato de D. Sebastião”; os “Painéis de S. Vicente”, julgados da autoria de Nuno Gonçalves; os quadros de Domingos Sequeira e de Vieira Portuense; a “Capela das Albertas”, restos do convento de Santo Alberto, ali implantado e destruído pelo terramoto de 1755; os Biombos Namban; a Custódia de Belém, atribuída a Gil Vicente; o mobiliário indo-português, com os seus maravilhosos contadores; as porcelanas e faianças; as peças de ourivesaria, joalharia e arte sacra; o Presépio dos Marqueses de Belas. Pormenor estranhíssimo, para mim, era o elevado número de obras de arte que ostentavam uma pequena placa onde se dizia algo como, “cedido pela Colecção Gulbenkian”. Anos mais tarde eu viria a entender tal mistério! Mas, havia uma pequena sala onde se encontravam desenhos e gessos de trabalhos de Joaquim Machado de Castro que eram o meu enlevo. Foi uma sua gentileza para comigo quando eu andava na Escola Industrial de Machado de Castro!
Esta minha descrição, está bem de ver, é uma pequena súmula do tesouro que o meu “amigo” Museu Nacional de Arte Antiga, vulgo Museu das Janelas Verdes, em Lisboa, nos vai, a todos, dando a conhecer!

Escrito por João Celorico, do blog Salvaterra e Eu

Se gostou deste texto, vote nele de 28 a 31 de Maio. Aproveite e comente. Quem sabe, é seleccionado para Melhor Comentário!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A IGREJA DE NOSSA SENHORA DA FRESTA

Caros amigos bloguistas, este mês a Aldeia decidiu juntar-se à Blogagem de Maio com um texto sobre um local de culto, situado numa das 12 famosas aldeias históricas de Portugal. Dessa forma, pretende homenagear não só o dia de Nª. Sª. de Fátima, como também dar-vos um cheirinho do que poderão descobrir no evento do dia 10 de Junho, intitulado “Encontro de Bloggers – Lançamento do livro “Aldeias Históricas de Portugal – Guia Turístico”. Trata-se da Igreja de Nª. Sª. Da Fresta, em Trancoso.

(Igreja de Nª. Sª. da Fresta, em Trancoso. Foto da autoria de Dias dos Reis)

Perto do Castelo de Trancoso, mais propriamente da Porta do “Olhinho do Sol”, entrevê uma paisagem lindíssima. A cerca de 800 metros, vislumbra o cemitério da cidade e ao seu lado: a bela Igreja de Nª. Sª. da Fresta. Reconstruída em 1953, podemos apreciar a sua arquitec¬tura (séc. XII) de estilo românico ogival/gótico, patente nas portas laterais, no arco do transepto e nas frestas. Na porta norte, uma cruz patriarcal (generalizada no séc. XII pelos Cavaleiros do Santo Sepulcro) chama a atenção. A frontaria, a torre sineira e o coro são outras 3 componentes de relevo (acrescentados a quando da reconstrução no séc. XVIII). As cachorradas também são originais, sem falar da impressionante capela-mor com o seu sublime altar. Esta ermida possui uma bonita história:

A Lenda da Ermitoa Iberusa Leoa
Decorria o ano de 711, os árabes conquistavam a Península pela primeira vez. Em Trancoso, a vida seguia o seu rumo… Os habitantes eram há alguns anos devotos da Senhora do Sepulcro. Entretanto, em 985, os mouros invadem esta bela aldeia histórica. Assustado, o povo esconde a imagem da santa numa fresta da sua igreja, camuflando-a bem com tijolo. Ao entrar no templo, os invasores não desconfiam de nada. Em 1033, sob o domínio de Fernando Magno, os trancosenses respiram de alívio e libertam Nª. Sª. do seu esconderijo. A partir daquele instante, apelidaram-na de Nª. Sª. da Fresta e o culto aumentou. Naquela altura, uma donzela chamada Iberusa Leoa venerava fervorosamente a padroeira, dedicando-lhe todo o seu tempo. Mas o emir de Badajoz estava à espreita. Após conquistar Leiria, captura a bela moça. A jovem reza, prometeu total devoção à Santa para proteger a sua virgindade e honra. Em 1131, D. Afonso Henriques retoma Trancoso. Ao assistir a uma missa na Igreja da Senhora da Fresta, fica boquiaberta ao ver à sua frente: Iberusa Leoa, sã e salva pela Virgem. Junto dela, estavam os soldados do soberano árabe, amarrados e atónitos com o sucedido.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

UMA VISITA SINGULAR AO MUSEU DOS COCHES


Anuindo ao pedido da princesa, Belém – Museu dos Coches.

Disfarço o riso quando a vejo tirar o bloco de apontamentos e a caneta da pequena sacola a tiracolo e atentamente percorrer os quadros dos nossos Ilustres Antepassados, apontando datas, detalhes, ficando por vezes parada a olhar porque daquele Rei, Rainha ou Princesa já falou nas aulas mas ainda não lhe sabia os contornos.

O ambiente do museu, já centenário, e o sussurro dos visitantes, maioritariamente estrangeiros, a meia-luz que dificilmente passa naquele labirinto de tons dourados e bordeaux, contribui para a aura de antiguidade, quase mistério, como se de repente tivéssemos sido todos transportados para, por exemplo: 1640! Mummy! A restauração da independência face aos “Filipes”, sabes por quem?

D. João IV, o Restaurador, respondi-lhe, deixando-a "furiosa".

Passa por nós uma funcionária do Museu, parando dois passos à frente e observando a conversa. Mira a princesa de apontamento em punho como se fosse desaparecer a preciosa informação a que estava a ter acesso e sorrindo, começa a acompanhar-nos o passo lento, relatando algumas particularidades que não estão no livro de História, numa verdadeira visita guiada aos detalhes de uma raiz que é nossa, deixando a minha filha encantada e tão absorta que o bloco voltou à sacola.

Tudo o que ali está exposto tem uma história, um uso, um autor e um utilizador, e é fácil, pelo ambiente recriado, imaginar os Infantes nas pequenas cadeiras com rodas inventadas em Itália, ou a Rainha acenando ao seu povo em agradável passeio na liteira ornada a vermelho e dourado.

Cada coche serviu um propósito, sendo o eleito o denominado “da Troca das Princesas” com direito a novo apontamento no precioso bloco dada a originalidade da situação. As pequenas caleches de passeio fizeram as delícias da miúda que, sem esforço, se imagina ali. O Coche dos Meninos da Palhavã pelo objectivo com que foi construído fê-la rir, perante o olhar ajuizado da nossa Guia. De facto, hoje em dia, como entender que os filhos Bastardos do Rei teriam um coche próprio e diferente dos outros?

Acolhidas à saída, por um sol brilhante que nos transporta de novo à realidade, fazendo piscar os olhos, deixámos no sossego da penumbra séculos de história, figuras graves retidas em telas, e um beijo repenicado à Ana Paula, pela sua amabilidade, conhecimento e disposição.

Se há por aqui quem faz o que gosta, ali há, sem dúvida alguma, quem gosta muito do que faz.

Obrigada!

Escrito por Catarina Price Galvão, do blog (Once)

Se gostou deste texto, vote nele de 28 a 31 de Maio. Aproveite e comente. Quem sabe, é seleccionado para Melhor Comentário!



O MONTE E A BASÍLICA DE STA. LUZIA


“Vi a Ana no Castelo?”, exclamam os populares. Quem chega a Viana do Castelo, vê-a logo bela e imponente do alto do seu monte. É a Basílica de Santa Luzia. A 3 km. do centro, a pé, de funicular ou de carro, suba até ao topo do Monte de Santa Luzia para descobrir uma vista deslumbrante e o ícone da cidade.

A basílica foi construída no início do século XX, tendo como modelo o Sacré Coeur de Montmartre, em Paris. Ex-libris vianense, é visita obrigatória pela sua beleza pela extraordinária paisagem sobre o estuário do rio Lima, a cidade e o mar.

Se chegou até aqui, suba mais um pouco, até ao zimbório interior. No topo, tem uma pequena varanda de onde terá uma visão desconcertante de toda a região. Em dias claros ou soalheiros, vê-se Ponte de Lima, Póvoa de Varzim e o Monte de Santa Tecla já em Espanha.

Junto à igreja, encontra a Pousada do Monte de Santa Luzia, um local privilegiado onde pernoitar. Quiçá em Agosto, mês da famosa festa de Nossa Senhora da Agonia. Assim, aproveite para assistir a uma semana de festejos ímpares: a procissão da Santa ao mar e nas ruas da Ribeira, o cortejo etnográfico, a festa do traje, os bombos e os divertidos cabeçudos… Eis a bela Santa Luzia na sua Viana do Castelo!

Escrito por Deolinda Viana,

Se gostou deste texto, vote nele de 28 a 31 de Maio. Aproveite e comente. Quem sabe, é seleccionado para Melhor Comentário!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A TORRE DO MEU CONTO DE FADAS

(Imagem retirada da Internet)

Se fosse um princesa, escolhia a Torre de Belém como aposento com vista para o mar. É um dos monumentos mais expressivos da cidade de Lisboa. Banhada pelo rio Tejo, era a rainha da outrora praia de Belém. A praia extinguiu-se, mas esta soberana predomina sendo o ex-libris português.

Daí ter sido uma das eleitas das sete maravilhas de Portugal, a 7 de Julho de 2007 e antes em 1983, classificada pela UNESCO, como Património Mundial. Nela, reside o mundo: características islâmicas, orientais e portuguesas (manuelinas).

Este emblema nacional reflete Portugal em todo o seu esplendor: Brasão de armas de Portugal, cruzes da Ordem de Cristo nas janelas de baluarte, marcas do fim da tradição medieval das torres de menagem… A sua decoração exterior é de tirar o fôlego, tão minuciosa e delicada: adornos de cordas e esculturas de pedra, galerias abertas, torres de vigia de estilo mouriscado, ameias em formato de escudo ornamentadas com esferas armilares, elementos naturalistas referentes às navegações (um rinoceronte). Debaixo do terraço, o interior gótico serviu como armaria e prisão. Por fim, os cinco pavimentos da torre quadrangular, de tradição medieval contêm: a Sala do Governador (1º pav.), a Sala dos Reis (2º pav.), a Sala de Audiências (3º pav.), a Capela (4º pav.) e o Terraço da Torre (5º pav.).

Devemos esta grande obra aos arquitectos Francisco de Arruda e Diogo Boitaca. A sua construção teve início em 1514 e fim em 1520. A Torre de Belém foi feita em homenagem a S. Vicente, santo patrono de Lisboa. Este símbolo real é para mim o mais bonito dos monumentos português e merece mais do que uma visita.

Escrito por Liliana Rito

Se gostou deste texto, vote nele de 28 a 31 de Maio. Aproveite e comente. Quem sabe, é seleccionado para Melhor Comentário!

MUSEUS AO AR LIVRE NO BRASIL E EM PORTUGAL

OURO PRETO FOI A PRIMEIRA CIDADE BRASILEIRA E UMA DAS PRIMEIRAS DO MUNDO, A SER DECLARADA PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE PELA UNESCO.

Isto orgulha-nos a todos nós – Portugueses e Brasileiros – porque, aliando a riqueza aurífera local à sabedoria dos colonizadores e ao trabalho árduo dos nativos e à inteligência de todos, construiu-se, ali, em OURO PRETO, junto às minas de ouro, o melhor e maior Museu do Brasil e de Portugal.

Os primeiros Mestres d´Arte partiram da Região de Braga e foi ali que iniciaram um dos mais importantes artistas brasileiros de todos os tempos, o célebre “Aleijadinho “, cuja obra impressiona a cidade pela beleza dos seus museus e igrejas. Passear pelas ruas centenárias é como viajar no tempo pela história de Minas Gerais. A Igreja de São Francisco de Assis e outras, o Museu da Inconfidência, do Oratório e a Casa dos Contos são algumas das muitas atracções. Todo o Estado de Minas Gerais tem um reflexo histórico directo de Portugal, tudo muito bem conservado e encantador. Está ali um testemunho vivo de que os Portugueses não estiveram lá só para rapinar o ouro.

MARIANA, primeira cidade de Minas Gerais revela aspectos característicos do Barroco. Essa arquitectura está representada na Praça Minas Gerais, onde estão lado a lado as Igrejas de São Francisco de Assis e de Nossa Senhora do Carmo. Uma das atracções é o órgão Arp Schnitger, que está na catedral de Nossa Senhora da Assunção. Construído em 1701, na Alemanha, chegou a Mariana em 1753, como presente da Coroa Portuguesa. Hoje, é o único exemplar, dos trinta fabricados, existente fora da Europa.

A Cidade de CONGONHAS guarda um dos mais relevantes conjuntos religiosos do Brasil colonial: o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. Ali se destacam as estátuas dos doze apóstolos do escultor “Aleijadinho”, obra que em 1985, recebeu o título de Património da Humanidade, pela Unesco. Aqui está um verdadeiro Centro de Arte.

Há uma relação muito próxima entre Museus brasileiros e portugueses, sob os mais variados pontos de vista, que não vamos enumerar. Direi apenas que o de Arqueologia está instalado no Mosteiro dos Jerónimos, e o museu dos Coches, ricamente construídos e dourados, são um testemunho desse Ouro proveniente do Brasil.

Um jovem estudante de Ouro Preto, Bruno Figueiredo, quando num fim de tarde chuvoso e escuro, teve a gentileza de me acompanhar ao hotel, porque estava perdido, me disse que estava a fazer um “Curso de Museologia e Preservação do Património numa Universidade Norueguesa” porque queria elaborar um projecto de museu invulgar que correspondesse a todas as valências mineiras auríferas, históricas e patrimoniais existentes na sua terra natal. Espero que esse sonho se transforme rapidamente em realidade e que o exemplo dele seja seguido por outros Estados. Será um privilégio para Portugueses e Brasileiros demonstrar aos Estados Modernos que é em paz e fraternidade que se honram as origens e se constrói o futuro. As bombas, guerras e guerrilhas só servem para destruir e alimentar ódios e invejas.

Aqui deixamos um aceno de simpatia a todos os Brasileiros e lhes damos os parabéns pela maneira como preservam os seus Monumentos e se preocupam com o Ambiente. Testemunhei tudo isto há muito pouco tempo.
Visite os Museus e os Monumentos Nacionais. E não se esqueça que muitas das igrejas e capelas das nossas aldeias e cidades foram construídas com o patrocínio de emigrantes residentes ou vindos do Brasil.

Escrito por Artur Monteiro do Couto, do blog Beleza Serrana

Se gostou deste texto, vote nele de 28 a 31 de Maio. Aproveite e comente. Quem sabe, é seleccionado para Melhor Comentário!

domingo, 9 de maio de 2010

AGENDA DA BLOGAGEM DE MAIO


A partir de amanhã, a Aldeia inicia a sua viagem cultural por museus, monumentos e locais simbólicos do País e do Mundo. Maio, mês das mães, de N. Sra. de Fátima e dos Museus. A Aldeia optou por prestar um tributo aos emblemas culturais, pois são muitas vezes esquecidos e no entanto, preservam importantes memórias de tempos passados. Desejamos a todos um Feliz Dia dos Museus, apreciando os textos desta incrível jornada de arte e cultura! Entre por esta porta, a visita vai começar…

10 de Maio
Artur Monteiro do Couto
Liliana Rito
.
12 de Maio
Deolinda Viana
Catarina Price Galvão

14 de Maio
João Celorico
José da Luz

16 de Maio
Acácio Moreira
Eugénia Santa Cruz

18 de Maio
Júlia Galego
Fernando Zanforlin
.
20 de Maio
Graça Ribeiro
Cristina R.

22 de Maio
Atelier Amie
CarpedieMaria
.
24 de Maio
Sandra Andrade
.
Feliz Dia dos Museus!!!

Nota Importante:
Tenham a amabilidade de colocar o Selo da Blogagem de Maio nos vossos blogues com o respectivo link da Aldeia. Assim, os vossos amigos poderão ver e comentar. Além da votação de 28 a 31 de Maio, a quantidade e qualidade de comentários também contam para a eleição do Melhor Texto. Não hesite, Comente!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

ENCONTRO DE BLOGGERS E LANÇAMENTO DO LIVRO “ALDEIAS HISTÓRICAS DE PORTUGAL – GUIA TURÍSTICO”


Amigos bloguistas, a equipa do blog da Aldeia está em pulgas. Em Junho, o blog da Aldeia festeja o 1º aniversário da primeira blogagem colectiva. Devemos este facto a todos vocês, que mês a mês, participam e dão alento a todas as nossas iniciativas. Daí, decidimos comemorar em grande, organizando um Encontro de Bloggers. Para tal, escolhemos uma data importante: o dia 10 de Junho, Dia de Portugal. Assim, temos não um, mas dois motivos para festejar!

Todavia, na Aldeia da minha vida não fazemos as coisas por menos e acrescentamos mais uma razão para celebrar. Trata-se de algo exclusivo (e revelamos: é o prémio que os vencedores de Abril e os das próximas blogagens irão receber). No intuito de dar valor ao património histórico e cultural português de uma forma refrescante, inovadora e criativa, a Olho de Turista (recente empresa de produção e edição de publicações de informação turística) apresentará no dia 10 de Junho: o primeiro Guia Turístico das Aldeias Históricas de Portugal!!! Esta original obra promove as mais diversas áreas das 12 emblemáticas aldeias: infra-estruturas, recursos turísticos, património, artesanato, produtos típicos, tradições.... Curioso? A partir do dia 10 de Junho, poderá adquiri-lo em diversas bancas lusas.


Entretanto, pode antecipar-se e vir conhecer não só esta novidade literária e cultural, como também toda a equipa da Olho de Turista e Aldeia da Minha Vida. Lançamos então o convite seguinte: Junte-se a nós neste evento especial que decorrerá no Convento dos Frades, na cidade de Trancoso. No programa, constam 3 momentos marcantes: o Encontro de Bloggers (com início às 9h30 da manhã), um almoço-convívio no restaurante “A Cerca” do Hotel Turismo de Trancoso 4* (às 13h00), o lançamento do livro “Aldeias Históricas de Portugal – Guia Turístico” (às 16h00 com conferência de imprensa e inauguração da exposição “Aldeias Históricas de Portugal”) e por fim, um passeio pela bela aldeia histórica de Trancoso. Pelo meio, haverá ofertas de coffee-breaks e degustações de iguarias regionais, de manhã e de tarde.

Nota de extrema importância: O almoço-convívio é buffet e é pago. O preço é de 15€(inscrição até dia 2 de Junho). Inclui a refeição (entradas variadas, sopa, cozido à moda de Trancoso, sortido de sobremesas e bebidas, à descrição), os coffee-breaks e as provas gastronómicas. Haverá serviços de baby-sitting e animação infantil (para crianças a partir dos 3 anos; ambos os serviços são gratuitos). O livro “Aldeias Históricas de Portugal – Guia Turístico” estará à venda no local.

O convite é dirigido a todos os bloguistas. Quem desejar estar presente, basta mandar um mail para aminhaldeia@sapo.pt para lhe enviarmos o formulário de inscrição e o programa detalhado. Faça-o com antecedência, pois tem até ao dia 2 de Junho para se inscrever.

Nota1: Os interessados em pernoitar uma ou mais noites no Hotel Turismo de Trancoso 4*, indique-nos essa informação através do mesmo mail. No formulário, constará as ofertas especiais deste estabelecimento hoteleiro.

terça-feira, 4 de maio de 2010

PARABÉNS AOS VENCEDORES DA BLOGAGEM DE ABRIL


E terminou o mês de Abril... A Páscoa passou a correr. Já descobrimos todos os ovos escondidos e comemos as amêndoas e o folar. A Blogagem de Abril mostrou-nos que algumas tradições de outrora se mantêm e se misturam com outras mais modernas. Tudo se encaixa harmoniosamente e o Homem nunca esquece. Claro, o aspecto religioso foi o mais destacado, mas sobressaiu também a união familiar e o convívio social. Agora, é hora de partir para um ambiente diferente e deixarmo-nos envolver por uma atmosfera cultural. No entanto, antes de entrarmos na Blogagem de Maio, vamos ao anúncio dos vencedores:

Desta vez, o mês de Abril passou rápido entre férias e festejos. As deliberações sucederam-se de forma pacífica. O júri não demorou a tomar decisões e declarou 3 vencedores. Os prémios são iguais para todos. Trata-se de algo muito importante para a Aldeia. Não vamos revelar hoje, deixando apenas pistas aos vencedores. Estes dias, daremos a resposta.
*
O/A vencedor/a do Prémio de Melhor Bloguista é:

Uma participante que adora escrever e prometeu criar um blog brevemente. Para esta doce menina, enviaremos um prémio muito especial. Pista1: é feito de papel...

O vencedor do Prémio de Melhor Comentário é uma pessoa de carácter forte e grande coração. Falamos de Artur Monteiro do Couto e do comentário que escreveu no texto da bloguista Flora Maria:

Querida colega da "ALDEIADAMINHAVIDA..." Flora Maria,
Gostei muito do que aprendi com a doçura do seu texto, expressão de um coração sensível às suas raízes e estima pelos valores tradicionais. Conheço o Rio de Janeiro, Belo Horizonte e outras localidades desse grande País que os Portugueses fizeram, quer em termos geográficos na definição territorial, como na defesa de uma vida saudável e honesta, contra a ladroagem, tendo como líder dessa cultura dos Direitos do Homem, o imortal Padre António Vieira. Tenho lá familiares que partindo do trabalho honesto se sentaram nas Universidades e, alguns deles, se sentam actualmente em lugares de decisão jurídica e outras. Os Transmontanos têm a CTMAD, algures na Tijuca, onde se reúnem e celebram anualmente a festa da Páscoa; Os Directores são originários do meu concelho e, ao mesmo tempo que defendem a cultura portuguesa, defendem a brasileira, num casamento perfeito.

Parabéns e desejo as maiores felicidades para si, aos seus familiares e todos os luso-descendentes.
Um bom folar, além do tradicional chá ou cafezinho brasileiro, se tiver carne, fica mais apetitoso com um bom vinho português, mesmo que não tenha a classificação de 100 pontos, classificação dada a um com origem em Terras de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Artur Monteiro do Couto, do blog Beleza Serrana

Este grande homem da bela região de Trás-os-Montes receberá um prémio exclusivo. Pista2: para o usar, terá de calçar sapatilhas várias vezes…

Agora o/a vencedor/a do Prémio de Melhor Texto… A votação foi renhida e venceu por 1 pontinho… com 7 votos (33%) e 5 comentários totais, é


Esta querida bloguista brasileira com raízes portuguesas retratou uma Páscoa que nos emocionou a todos. Para celebrar a sua vitória pascal, temos um prémio único e bem português. Pista 3: dar-lhe-á vontade de passar 12 dias em Portugal.

P.S.: A Blogagem de Maio está prestes a começar. Vamos sentir um intenso ambiente cultural, com esta visita virtual a vários museus e outros monumentos portugueses.
P.S.1: Todos os vencedores serão contactados individualmente por e-mail. Pedimos que nos enviem o nome completo e a morada para envio posterior do prémio.